Ritual
O fogo arde
Me consume mais que lenha
Línguas de âmbar vivo
devoram meu olhar
Aqueço lembranças
No aconchego que ludibria
Conforto ilusório
Armadilha calcinante
Pelo hipnose incandescente
Que atiça meus segredos
Aviva meus medos
Assa calculadamente
Em temperatura branda
As entranhas da alma
- Porque não se extingue?
Cinzas, escombros de memória carbonizada
Quem dera fosse o fim
Volta decidida e feroz
A fagulha que inflama
Tudo outra vez
Queimando por dentro
Sem parar
Dos meus sonhos perdidos
E ressuscitados
Nas chamas do crematório
Que não se apaga
Nunca
triste, mas compreensível...
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