Maré Noturna
(junho 2012)
Como um felino noturno a me cercar
Se insinuando cada vez mais convincente...
Ao lado do meu
Em vez de um rosto suave
Adormecido e plácido
E os cabelos negros
caprichosamente derramados sobre a fronha
Repousa o livro de Jack London
A história que me embalou até que as pálpebras
Pesaram mais que a gana
De saber os rumos da trama.
De uma aventura selvagem em alto mar.
E eu agora só penso em ficar à deriva
Neste naufrágio voluntário
Sem sextante nem estrelas...
A crescer suas ondas e murmúrios
E o açoite dos ventos gélidos
Sentenciando que a jornada será longa;
O farol distante
Que lançava o facho incandescente daqueles olhos
Se apagou.
Longe, muito longe.
Gostei muito da forma como escreve.. acho que li todos.. alguns ficaram sem comentário, por que suas poesias por si só.. falavam... gostei muito e tive duas preferidas.. continue.. isso ajuda a você e completa os demais.. bjo
ResponderExcluirValeu Montanha querida, teu olhar é muito importante pra "calibrar" meus escritos. Beijão!
ResponderExcluir